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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

De Olho na Lei

     O Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 publicado no D.O.U no dia 9/12/2010 e a Resolução CNE/CEB Nº 07/2010 de 14 de dezembro de 2010 recomendam enfaticamente que os três primeiros anos do Ensino Fundamental seja organizado em um único ciclo pedagógico, mesmo para as escolas que praticam o sistema seriado, o que significa dizer que nesses anos iniciais do Ensino Fundamental não haverá retenção dos alunos.
     A este respeito diz o Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 :
“ … A proposta de organização dos três primeiros anos do Ensino Fundamental em um único ciclo exige mudanças no currículo para melhor trabalhar com a diversidade dos alunos e permitir que eles progridam na aprendizagem. Ela também questiona a concepção linear de aprendizagem que tem levado à fragmentação do currículo e ao estabelecimento de sequências rígidas de conhecimentos, as quais, durante muito tempo, foram evocadas para justificar a reprovação nas diferentes séries. A promoção dos alunos deve vincular-se às suas aprendizagens; não se trata, portanto, de promoção automática. Para garantir a aprendizagem, as escolas deverão construir estratégias pedagógicas para recuperar os alunos que apresentarem dificuldades no seu processo de construção do conhecimento.
     Entre as iniciativas de redes que adotaram ciclos, muitas propostas terminaram por incorporar algumas das formulações mais avançadas do ideário contemporâneo da educação, com vistas a garantir o sucesso dos alunos na aprendizagem, combater a exclusão e assegurar que todos tenham, efetivamente, direito a uma educação de qualidade. Movimentos de renovação pedagógica têm-se esforçado por trabalhar com concepções que buscam a integração das abordagens do currículo e uma relação mais dialógica entre as vivências dos alunos e o conhecimento sistematizado.
     Os ciclos assim concebidos concorrem, juntamente com outros dispositivos da escola calcados na sua gestão democrática, para superar a concepção de docência solitária do professor que se relaciona exclusivamente com a sua turma, substituindo-a pela docência solidária, que considera o conjunto de professores de um ciclo responsável pelos alunos daquele ciclo, embora não eliminem o professor de referência que mantém um contato mais prolongado com a classe. Aposta-se, assim, que o esforço conjunto dos professores, apoiado por outras instâncias dos sistemas escolares, contribua para criar uma escola menos seletiva e capaz de proporcionar a cada um e a todos o atendimento mais adequado a que têm direito.
     Para evitar que as crianças de 6 (seis) anos se tornem reféns prematuros da cultura da repetência e que não seja indevidamente interrompida a continuidade dos processos educativos levando à baixa autoestima do aluno e, sobretudo, para assegurar todas as crianças uma educação de qualidade, recomenda-se enfaticamente que os sistemas de ensino adotem nas suas redes de escolas a organização em ciclo dos três primeiros anos do Ensino Fundamental, abrangendo crianças de 6 (seis), 7 (sete) e 8 (oito) anos de idade e instituindo um bloco destinado à alfabetização.
     Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, é necessário considerar os três anos iniciais do Ensino Fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.
     Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:
a) a alfabetização e o letramento;
b) o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, de Ciências, de História e de Geografia;
c) a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo, e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.
Ainda que já dito em termos mais gerais, vale enfatizar que no início do Ensino
Fundamental, atendendo às especificidades do desenvolvimento infantil, a avaliação deverá basear-se, sobretudo, em procedimentos de observação e registro das atividades dos alunos e portfólios de seus trabalhos, seguidos de acompanhamento contínuo e de revisão das abordagens adotadas, sempre que necessário…”
     De modo que em 2011 as escolas deverão se preparar para :
- rever o Projeto Pedagógico no sentido de adequá-lo as novas exigências legais, isto é, elaborar a proposta de ensino (prevendo os momentos de recuperação contínua e paralela) dos três primeiros anos de tal forma que atendam o princípio da continuidade visando abolir a ruptura que há entre os anos prevista no regime seriado;
- alterar o Regimento Escolar no sentido de abolir a retenção nos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental;
- pensar em contar com um professor que inicie com os alunos no 1º ano do Ensino Fundamental e os acompanhe até o 3º ano, ao invés de trocar de professor em cada ano. Esse procedimento garantirá melhor a continuidade do trabalho com aquela turma;
- material didático modificado que atenda o ciclo pedagógico e não mais séries estanques.
    Os profissionais de educação terão um bom trabalho em 2011 para preparar as escolas para o próximo ano letivo já adequado as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos.

domingo, 21 de janeiro de 2018

INTERPRETANDO O PROBLEMA - Dificuldades de Aprendizagem


     Esse vídeo traz exemplos comuns de alunos com dificuldades de aprendizagem e mostra como pode haver erros de interpretação do problema. 

 Fonte: Smith & Corine 2012

      O vídeo acima possuem caráter meramente informativo e não substitui a consulta ao seu médico de confiança. Não é finalidade deste blog a análise, comentário ou emissão de qualquer tipo de parecer ou diagnóstico aos visitantes, tarefa esta que é reservada exclusivamente a profissionais de saúde especializados.

Livro: O grande dia - Patrícia Engel

      O caminho de sucesso de um atleta por vezes vai além da superação dos limites físicos, no livro abaixo da escritora Patrícia Engel, um menino cadeirante conta como superou seus limites e chegou a final do campeonato de futebol.

Boa Leitura












Livro: A voz da estrela - Claudia Cotes

     Apesar de o Brasil ter um dos melhores tratamentos contra HIV/Aids em todo o mundo — reconhecido e recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) —, a exclusão social e o preconceito sofridos pelos portadores do vírus ainda são um grande obstáculo. Esse livro faz uma breve viagem ao Universo de um portador do vírus HIV bem como de uma mãe que soube em meio a dor da sua perda encontrar forças para ajudar aos excluídos.

       O livro infantil abaixo não fere as leis, pois foi disponibilizado gratuitamente por sua autora e portanto, pode ser livremente baixado e utilizado! Esta é uma iniciativa da Fundação Educar Dpaschoal.  e Domínio Publico.

Boa Leitura!!










 

sábado, 20 de janeiro de 2018

Livro Infantil: Bicho carpinteiro - Cláudia Cotes

      

     A leitura desse livro nos proporciona entender um pouco mais sobre TDAH, mas você sabe o que é isso? 

    O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

      O livro infantil abaixo não fere as leis, pois foi disponibilizado gratuitamente por sua autora e portanto, pode ser livremente baixado e utilizado! Esta é uma iniciativa da Fundação Educar Dpaschoal.  e Domínio Publico. 

Boa Leitura!!!


























A criança que morde

  
      Quando uma criança morde, pode ser um sinal de que esteja sofrendo algum problema emocional. Pode ser parte do desenvolvimento normal morder de vez em quando, mas o morder persistentemente é um sinal de que a criança tem problemas emocionais ou de comportamento.
     Enquanto muitas crianças brigam ocasionalmente com outras ou lhes batem, a agressão física frequente e/ou severa pode significar que a criança tem sérios problemas emocionais ou de comportamento que requerem uma avaliação e intervenção profissional.

Quando as crianças mordem

 

      O ato de brigar ou de morder de uma criança quando vai à escola pode se transformar num sério problema. Nesta idade as crianças têm muito contato com seus companheiros e espera-se que elas sejam capazes de fazer amigos e conviver bem com eles.
      Muitas crianças começam a morder agressivamente durante os três primeiros anos de vida. O ato de morder pode ser uma maneira pela qual a criança esteja provando seu poder para chamar a atenção. Algumas crianças mordem porque se sentem infelizes, ansiosas, ou ciumentas, e outras, simplesmente para dizer 'estou aqui'.
      Algumas vezes este ato, em crianças maiores, pode ser resultado de uma disciplina excessiva ou severa, ou por ter sido exposta à violência física. Os pais devem recordar que as crianças pequenas que estão perdendo dentes também podem morder.

O que fazer quando a criança morde

 

- Imediatamente diga-lhe: “NÃO”, em tom calmo, mas firme e com cara de desaprovação. Os maus hábitos devem ser cortados pela raiz.
- Cuide da pessoa que sofreu a mordida e a acolha. Se o seu filho tem mais de 3 anos de idade, chame-o para que te ajude no cuidado da pessoa machucada. Ele precisa conhecer as consequências dos seus atos.
- Evite que se estigmatize o seu filho como ‘a criança mordedora’.
- Ao bebê que começa a caminhar (1 a 2 anos), simplesmente o afaste do outro bebê que esteja tentando morder.
- À criança pequena (2 a 3 anos), diga-lhe: “Não é correto morder porque machuca as pessoas”.
- NÃO se deve, de nenhuma forma, MORDER A CRIANÇA para mostrar-lhe como se sente quando ela morde. Isso a ensinará que tenha um comportamento agressivo.
- Se deve ter paciência e persistência para educar as crianças que mordem. Elas não aprenderão de um dia para o outro. Os pais devem repetir e repetir que MORDER NÃO É BOM.
- Se a criança persistir em morder os outros, não a leve nos braços nem brinque com ela por uns 5 minutos, após ela ter mordido. Assim a ensinará que mordendo não te chamará a atenção.

Como evitar que a criança morda

 

Se o seu filho tem o costume de morder, é muito importante que o vigie. Se puder tome algumas medidas para que as mordidas não cheguem a ser concluídas:
1- Anime o seu filho a conversar e falar com você, através de um jogo, de um desenho, de algum trabalho manual, etc.
2- Quando o seu filho estiver brincando com outra criança, esteja sempre atenta a ele. Vigie o seu comportamento e oriente a forma de brincar entre eles.
3- Ensine ao seu filho a compartilhar. Ele deve entender que ser amigo é também compartilhar.
4- Ensine ao seu filho a esperar. Evite situações que possam irritá-lo ou cansá-lo, com frequência.

Fonte: Guia Infantil



sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Dicas para contornar a resistência das crianças nos primeiros dias de aula

      Desde os primeiros dias de vida, a criança desenvolve uma aceitação à rotina que lhe é imposta. Na maioria das vezes, as ações da criança durante o dia são interligadas às da mãe, que impõe horários e regras que contribuem para seu desenvolvimento. A necessidade de inserir a criança na escola é um processo que muda totalmente a rotina com a qual está acostumada. Ter horários diferentes, ver outras pessoas e conviver em um ambiente novo é muito importante, mas a iniciação da criança em uma escola pode se tornar um problema de adaptação não só para ela como também para os pais.
Segundo a pediatra Alessandra Cavalcante, do Hospital e Maternidade São Luiz, o processo de adaptação é difícil, principalmente devido às mudanças de rotina. A criança passa a ter novas regras e horários diferentes, que devem ser respeitados pelos pais para que esse momento seja visto com naturalidade. “Nas primeiras semanas é normal que a criança chore, até conhecer bem o ambiente. Muitas vezes o choro não vem no primeiro dia, onde tudo é novidade, e aparece quando a criança percebe que aquela será sua rotina e que novas regras serão estabelecidas”, comenta.
      No primeiro dia, a presença dos pais é muito importante para mostrar que aquele ambiente é seguro e confiável. Os pais devem ser firmes e tentar não desistir de deixar a criança na escola no momento do choro. O ideal é esperar que ela se acalme. Vale lembrar que a escola é um lugar legal e que a aceitação tem que partir primeiramente dos pais”, explica a Dra. Alessandra.
      Existem alguns fatores que podem facilitar a adaptação da criança a esse novo ambiente, como conhecer a escola junto aos pais. É uma boa oportunidade para explicar o que vai acontecer, que irão aprender coisas novas, fazer novas amizades e que sempre vão retornar para casa, pois esse processo não deve ser associado à um abandono.
     É importante também que os pais estejam de olho no comportamento dos filhos durante as primeiras semanas de aula. “Algumas crianças sofrem mais com o ambiente escolar e não se adaptam facilmente, tornando-se mais agressivas ou acuadas.  Em geral, nós mães sabemos que, mesmo com o coração apertado, essa é só uma fase e que o ambiente escolar proporciona independência e contribui muito para o desenvolvimento dos pequenos”, finaliza a pediatra Alessandra Cavalcante.

Texto adaptado, extraído do site Constance Zahn