Páginas

segunda-feira, 5 de março de 2018

Projeto Bolsa Viajante

Papai/mamãe/responsável,

O projeto “bolsa viajante” tem por objetivo o desenvolvimento do gosto pela leitura e o imaginário infantil. Será muito importante a sua parceria.
Ajude seu (a) filho (a) na execução da atividade, dê atenção na realização da tarefa, sente com ele (a) em um lugar agradável e leia a história que estiver dentro da bolsa.
Faça os questionamentos como:
? Gostou da história?
? Quem eram as personagens?
? Estava de dia ou de noite? Por quê?
? O que eles fizeram?
? Quem era o malvado?
? Quem era o bonzinho?
? Onde eles estavam?
? Qual parte da história você mais gostou? Por quê?
? Como foi o final da história?
? Reconte a história (do seu jeito, “jeito da criança”) O sucesso desse Projeto e o sucesso de seu(a) filho (a), também depende de você.

Ajude seu (a) filho (a) a cuidar bem da bolsa, das fichinhas ou livrinho, outros precisarão desse material.
Segue algumas dicas para ajudar na hora da leitura da história. Dicas para você virar um grande contador de histórias:

Escolha as histórias que você gosta ou gostava de ouvir. É preciso gostar do que se lê, para contagiar o ouvinte.

Encontre um lugar inusitado: um sofá, a sombra de uma árvore, um pequeno tapete, os primeiros degraus de uma escada.

Dê vida para os personagens. Capriche no ritmo, na entonação e use todo o seu corpo para dar vida ao enredo.

Aposte na memória das crianças. Experimente, aos poucos, ir dividindo com elas a narrativa e as falas da história.

Lembre-se de que a experiência com a escuta deve começar e terminar com a própria narrativa. Não busque explicações, justificativas, pretextos. A história precisa se bastar: a experiência se conclui com o desfecho do enredo.

Fisgue pelo olhar. Convide a criança para mergulhar na aventura, se surpreender e tentar adivinhar o que está por vir.

Tenha em mente que a leitura de um texto não se esgota em uma primeira leitura. Cada vez que você lê a história, a criança descobre mais detalhes, novas possibilidades, outros entendimentos.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Nossa Escola Incentivando a Leitura

Homem-livro doa obras infantis no centro de Aracaju
'Arrastão' literário trouxe revistinhas da Turma da Mônica
24/02/2018  12:50
Homem-livro doa obras infantis no centro de Aracaju (Foto: Portal Infonet)
Há 20 anos, um homem nascido em Aquidabã, no médio-sertão sergipano, resolveu fazer a diferença ao fundar a biblioteca Tobias Barreto, no Rio de Janeiro, que hoje conta com 17 mil livros. Desde então, promove ‘arrastões’ literários em diversas cidades do país. Na sexta edição, que aconteceu aqui em Aracaju, Evandro dos Santos, mais conhecido como ‘Homem-Livro’ trouxe mais de mil exemplares de revistas da Turma da Mônica para serem distribuídas a crianças e à população no centro da cidade.
Esse trabalho de valorização da cultura já ajudou a abrir 56 bibliotecas, além de enviar quase 14 mil livros para o Estado. “A paixão surgiu aos 5 anos, na feira de Aquidabã, lendo e ouvindo cordel. Amei mesmo antes de ler. Trouxemos essas revistas para o estado que menos lê na federação. Tem uma frase de Tobias Barreto que diz ‘a vida é uma leitura. Ler é lutar’. Malba Tahan diz que ‘quem não lê mal fala, mal ouve e mal vê’”, disse o Homem-Livro.
Revistinhas da Turma da Mônica foram bem recebidas pela população (Foto: Portal Infonet)
Na manhã deste sábado, 24, foram entregues mais de 300 revistinhas. Os ‘arrastões’ literários começaram no Rio de Janeiro em 2006, e aconteceram em outros estados, como São Paulo, Bahia, Ceará e agora Sergipe. “Nosso estado tem nomes como Tobias Barreto, Silvio Romero, Hermes Fontes, Laudelino Freire e João Ribeiro. Falar de livro é uma honra”, conta.
As intervenções acontecem graças a doações de livros para entrega e também de dinheiro, para providenciar o transporte entre as cidades.
Isaac e Eliana fizeram questão de pegar um exemplar para a pequena Sofia (Foto: Portal Infonet)
Escola de Valéria Soares receberá 250 exemplares por incentivo à leitura em Aquidabã (Foto: Portal Infonet)
O casal Eliane Santana e Isaac Schuster, pais da pequena Sofia, fizeram questão de pegar uma revista. “A leitura faz com que a gente desenvolva mais rápido a questão intelectual, e isso ajuda na fala, pronúncia... procuramos ler muito para ela, contar ‘historinhas’ e estimular a fazer leitura também das imagens. Acho isso muito importante. Trazemos histórias com cunho educacional, que faz com que as crianças vejam o mundo ao redor”, disse a mãe.
A ação continua no Estado até o fim da semana que vem, visitando escolas e fazendo doações no interior. Um colégio de Aquidabã receberá 250 revistas em quadrinhos da Turma da Mônica. A diretora, Valéria Soares, demonstra gratidão pela iniciativa. “Evandro nos visitou e gostou da forma que envolvemos as crianças com a leitura. Se desperta o gosto da criança pela literatura cedo, ela não esquece mais. A gente acabou se acostumando com o que vem de fora, mas a Turma da Mônica, totalmente brasileira, dá o ‘gostinho’ a mais para estimular a mente dos pequenos”.
Por Victor Siqueira

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

De Olho na Lei

     O Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 publicado no D.O.U no dia 9/12/2010 e a Resolução CNE/CEB Nº 07/2010 de 14 de dezembro de 2010 recomendam enfaticamente que os três primeiros anos do Ensino Fundamental seja organizado em um único ciclo pedagógico, mesmo para as escolas que praticam o sistema seriado, o que significa dizer que nesses anos iniciais do Ensino Fundamental não haverá retenção dos alunos.
     A este respeito diz o Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 :
“ … A proposta de organização dos três primeiros anos do Ensino Fundamental em um único ciclo exige mudanças no currículo para melhor trabalhar com a diversidade dos alunos e permitir que eles progridam na aprendizagem. Ela também questiona a concepção linear de aprendizagem que tem levado à fragmentação do currículo e ao estabelecimento de sequências rígidas de conhecimentos, as quais, durante muito tempo, foram evocadas para justificar a reprovação nas diferentes séries. A promoção dos alunos deve vincular-se às suas aprendizagens; não se trata, portanto, de promoção automática. Para garantir a aprendizagem, as escolas deverão construir estratégias pedagógicas para recuperar os alunos que apresentarem dificuldades no seu processo de construção do conhecimento.
     Entre as iniciativas de redes que adotaram ciclos, muitas propostas terminaram por incorporar algumas das formulações mais avançadas do ideário contemporâneo da educação, com vistas a garantir o sucesso dos alunos na aprendizagem, combater a exclusão e assegurar que todos tenham, efetivamente, direito a uma educação de qualidade. Movimentos de renovação pedagógica têm-se esforçado por trabalhar com concepções que buscam a integração das abordagens do currículo e uma relação mais dialógica entre as vivências dos alunos e o conhecimento sistematizado.
     Os ciclos assim concebidos concorrem, juntamente com outros dispositivos da escola calcados na sua gestão democrática, para superar a concepção de docência solitária do professor que se relaciona exclusivamente com a sua turma, substituindo-a pela docência solidária, que considera o conjunto de professores de um ciclo responsável pelos alunos daquele ciclo, embora não eliminem o professor de referência que mantém um contato mais prolongado com a classe. Aposta-se, assim, que o esforço conjunto dos professores, apoiado por outras instâncias dos sistemas escolares, contribua para criar uma escola menos seletiva e capaz de proporcionar a cada um e a todos o atendimento mais adequado a que têm direito.
     Para evitar que as crianças de 6 (seis) anos se tornem reféns prematuros da cultura da repetência e que não seja indevidamente interrompida a continuidade dos processos educativos levando à baixa autoestima do aluno e, sobretudo, para assegurar todas as crianças uma educação de qualidade, recomenda-se enfaticamente que os sistemas de ensino adotem nas suas redes de escolas a organização em ciclo dos três primeiros anos do Ensino Fundamental, abrangendo crianças de 6 (seis), 7 (sete) e 8 (oito) anos de idade e instituindo um bloco destinado à alfabetização.
     Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, é necessário considerar os três anos iniciais do Ensino Fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.
     Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:
a) a alfabetização e o letramento;
b) o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, de Ciências, de História e de Geografia;
c) a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo, e, particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.
Ainda que já dito em termos mais gerais, vale enfatizar que no início do Ensino
Fundamental, atendendo às especificidades do desenvolvimento infantil, a avaliação deverá basear-se, sobretudo, em procedimentos de observação e registro das atividades dos alunos e portfólios de seus trabalhos, seguidos de acompanhamento contínuo e de revisão das abordagens adotadas, sempre que necessário…”
     De modo que em 2011 as escolas deverão se preparar para :
- rever o Projeto Pedagógico no sentido de adequá-lo as novas exigências legais, isto é, elaborar a proposta de ensino (prevendo os momentos de recuperação contínua e paralela) dos três primeiros anos de tal forma que atendam o princípio da continuidade visando abolir a ruptura que há entre os anos prevista no regime seriado;
- alterar o Regimento Escolar no sentido de abolir a retenção nos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental;
- pensar em contar com um professor que inicie com os alunos no 1º ano do Ensino Fundamental e os acompanhe até o 3º ano, ao invés de trocar de professor em cada ano. Esse procedimento garantirá melhor a continuidade do trabalho com aquela turma;
- material didático modificado que atenda o ciclo pedagógico e não mais séries estanques.
    Os profissionais de educação terão um bom trabalho em 2011 para preparar as escolas para o próximo ano letivo já adequado as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos.